...O contraste entre a psicologia individual e a psicologia social ou de grupo... perde grande parte de sua nitidez quando examinado mais de perto.
É verdade que a psicologia individual relaciona-se com o homem tomado individualmente e explora os caminhos pelos quais ele busca encontrar satisfação para seus impulsos instituais; contudo, apenas raramente e sob certas condições excepcionais, a psicologia individual se acha em posição de desprezar as relações desse indivíduo com os outros.
As relações de um indivíduo com os pais, com os irmãos e irmãs, com o objeto de seu amor e com..., na realidade, todas as relações que até o presente constituíram o principal tema da pesquisa psicanalítica, podem reivindicar serem consideradas como fenômenos sociais... (Psicologia das Massas e a Análise do eu, Sigmund Freud)
Pois falado de fenômenos sociais, você já se imaginou dentro de um matrix? Isso mesmo, um mundo virtual onde você pode ter uma segunda vida, ser outra pessoa fisicamente, fazer compras, conhecer pessoas, lugares, paquerar, e tudo (ou quase tudo) que você faz na vida real. Com o Second Life isto é possível! Pra você ter idéia dá pra fazer quase tudo mesmo, inclusive saltar de pára-quedas e andar de Jet ski. Claro, é bom que você seja rico no jogo para isso, afinal neste mundo virtual também há uma moeda virtual e uma economia própria, como no mundo real.
A agência de notícias Reuters criou um centro virtual de notícias para o Second Life, com direito a avatares (em informática, avatar é a representação gráfica de um utilizador em realidade virtual) de jornalistas reais. O mundo virtual é levado tão à sério que já recebeu representações tridimensionais de marcas listadas na Fortune 500, como Coca-Cola e Wells Fargo & Co. já que arquitetos, autores e músicos recriam ambientes reais em pleno mundo virtual. A varejista Americana American Apparel criou uma linha de roupas para que os avatares do Second Life representem seus personagens no mundo online. Músicos como Duran Duran e Suzanne Vega fizeram concertos virtuais no Second Life.... (agências internacionais)
Mais vamos enfrente já esta em teste, outro projeto de nome Everyscape (http://www.everyscape.com/), onde esta sendo testada uma interação virtual, que talvez, seja o futuro da internet. Que nada mais é que a possibilidade do internauta virtualmente interagir, ou seja, passear pela cidade, visitar museus, assistir um show ir a teatro fazer compras virtualmente em qualquer parte do mundo onde esteja disponível a ferramenta. Não é preciso fazer um esforço grande para imaginar que nos próximos anos, as coisas em todo mundo estarão mais complicadas do que já estão, pegar um avião vai estar mais difícil andar de automóvel também etc.
Mais e ai? Pois é, sabe no que estou pensando? Estou aqui como profissional e atento aos mercados, imaginando a possibilidade de produtos para este novo mundo, como e que ferramenta, utilizaremos para diagnosticar as necessidades deste público alvo. E através desta desenvolver novos produtos que atendam a este publico específico. Como se sabe para um bom briefing nada melhor que uma boa análise comportamental, desassociando o indivíduo do macro para micro grupo que faz parte. E ai que esta o problema, como o mundo que estamos falando é virtual e nova vida escolhida também, como chegaremos ao indivíduo real.
Note como e cada vez mais, precisamos estar em acordo com as novas convenções quase diárias, de um mundo moderno cada vez mais ágil e sedento de novidades. É impensável hoje para uma empresa que esta no mercado, esperar para fazer um novo desenvolvimento baseado em produtos prontos que já estão com o “concorrente” e quando os mesmos já estiverem à disposição para uso publico consumidor. Precisamos sim de empresas que comecem a acreditar, que sem a pesquisa de novos mercados e com ferramentas adequadas para identificação de novos nichos mercadológicos, baseado no comportamento do consumidor, não vão conseguir chagar lá. Daí vem à necessidade da empresa criar ou abrir as portas para a nova visão empresarial, e que só tecnologia industrial na é o suficiente, necessitamos gerar a informação, para daí construirmos e geramos novos produtos com tecnologia de produção e com o valor que o mercado realmente procura e necessita. Pois para quem ainda não sabe a revolução industrial acontece no século passado XX.
Com certeza Sigmund Freud estaria de cabelos em pé, se os tivesse. Baseado é lógico na minha interpretação da sua teoria.
20 /09/ 2007
Jorge Silva